Eletrônicos
 
 
Como escolher caixas para Home Theater - 9 dicas 
Quem  está prestes a montar um home theater em um ambiente de dimensões  restritas sabe que escolher caixas acústicas  compactas de alta  fidelidade não é tão simples quanto parece. Há no mercado dezenas de  marcas e centenas de modelos com características técnicas (e até design)  semelhantes, porém, com timbre e sonoridade completamente distintos.
Antes, é preciso ficar claro que há dois tipos de caixa compacta. A  satélite possui altura entre 5cm e 25cm, tem gabinete na maioria de  plástico, além de ser voltada a espaços de até 15m2, por ser mais  discreta e interferir menos na decoração do ambiente. Já a caixa  bookshelf apresenta entre 26cm e 80cm, é vendida em par e seu gabinete é  normalmente de madeira, embora haja modelos produzidos em compostos de  plástico.
Independente do tipo de caixa, sempre é possível extrair o melhor  desempenho de um conjunto quando observados cuidados, como  posicionamento, cabeamento e o uso de um bom subwoofer. Afinal, é ele  quem ficará responsável por reproduzir grande parte dos graves que as  caixas compactas serão incapazes de desempenhar.
O primeiro passo é entender, nem que seja em termos bem genéricos, a  verdadeira função da caixa acústica e o seu funcionamento. Com isso, é  possível combinar as caixas com a sala e o sistema eletrônico. Segue as  dicas:
1 – O TAMANHO IDEAL É O QUE CABE NA SUA SALA
Você deve decidir basicamente entre três tipos de caixa acústica: as do  tipo torre (maiores), as bookshelf (médias) e as satélite (compactas).  As torre, também chamadas “de piso” (ou floor-standing), são indicadas  somente para salas grandes, pois precisam de bom espaço em volta e não  devem ficar espremidas entre móveis e objetos de decoração. Se sua sala  tem menos de 20m2, esqueça essas caixas. As bookshelf têm esse nome  exatamente porque são desenhadas para uso em prateleiras, estantes ou  pedestais. Seu tamanho varia entre 30cm e 60cm e o desempenho, em muitos  casos, chega perto das torre. E são geralmente mais baratas que estas.  Já as caixas compactas, embora sejam uma ótima solução visual,  apresentam um problema: não conseguem reproduzir fielmente os graves,  pois estes exigem gabinetes maiores. Pode-se amenizar isso usando um bom  subwoofer (que também ocupa espaço), mas nem sempre é suficiente.
2 – CAIXAS IN-WALL “DESAPARECEM” NA SALA 
Um quarto tipo de caixa que pode ser adotado são as chamadas in-wall (de  parede) ou as in-ceiling (de teto). O que as diferencia das caixas  convencionais é que podem ser embutidas abrindo-se um buraco na parede  ou teto e passando os cabos por 
canaletas  também embutidas. Essas caixas podem ser pintadas na cor da parede e,  assim, virtualmente “desaparecem” na decoração da sala. Há até modelos  de caixas motorizadas, que ficam embutidas mas podem ser acionadas via  controle remoto e então “saem” do teto. Por causa da falta de espaço na  maioria das casas e apartamentos, esses tipos de caixas passaram a ser  muito procurados e foram sendo aperfeiçoados pelos fabricantes. Ainda  não podem se comparar, tecnicamente, às boas caixas bookshelf e torre,  mas são sem dúvida uma ótima solução, dependendo da sala.
3 – CAIXA ACÚSTICA NÃO “TEM” POTÊNCIA
É ilusão procurar numa loja caixas acústicas de alta potência, se o seu  equipamento (receiver ou amplificador) não é do mesmo porte. Uma caixa,  por melhor que seja, não tem potência própria; trata-se de um aparelho  passivo, que depende da potência que lhe é fornecida. O importante é  observar se a potência especificada da caixa não foge muito daquela  liberada pelo receiver. Não se recomenda que haja muita discrepância  porque isso pode forçar demais um dos dois aparelhos (em alguns casos,  chegando a queimá-lo). Exemplo: se seu receiver libera 80W em cada  canal, procure um conjunto de caixas que trabalhe na faixa entre 60W e  100W. A propósito de potência, leia também a reportagem sobre receivers  nesta edição.
4 – NÃO CAIA NA TENTAÇÃO DO MAIS BARATO
Talvez mais do que qualquer outro componente do home theater, caixas  acústicas são um item em que tentar economizar pode ser um péssimo  negócio. Claro, o preço deve ser levado em conta, mas nem de longe deve  ser o fator decisivo na escolha. Caixas ruins irão produzir som ruim,  mesmo com receiver ou amplificador bons. E o contrário também não  funciona. A caixa acústica é como um espelho do sistema eletrônico que a  alimenta: deixa transparentes todas as suas deficiências. Só para se  ter uma idéia, nos sistemas high-end costuma-se investir nas caixas algo  em torno de duas a três vezes o custo do conjunto  amplificador+processador. Essa não é uma regra rígida, mas use-a como  parâmetro na hora da escolha.
5 – QUEM GOSTA DE VOLUME ALTO PRECISA DE ESPAÇO 
Não adianta se enganar: se você é daqueles que fazem questão de ouvir  música (ou ver filmes) em altos volumes, você precisa de uma sala  grande. E de caixas também de grande porte. Um conjunto de caixas  compactas pode até funcionar bem numa sala pequena e apertada, mas em  baixo volume. Passando para um ambiente maior, ficarão claras as suas  deficiências, principalmente naquelas passagens dos filmes em que se  misturam sons altos e baixos, quando a chamada faixa dinâmica do  equipamento é mais exigida. Isso acontece muito nos cinemas, mas  dificilmente você irá encontrar um cinema com caixas pequenas e baixa  potência.
6 – CERTOS DETALHES, SÓ MESMO AS BOAS CAIXAS OFERECEM
A lista de benefícios contidos num bom conjunto de caixas acústicas é  grande. Mesmo que você não tenha ouvidos treinados, fatalmente perceberá  a diferença ao compará-las com caixas de padrão inferior. Considere:  som mais agradável, tanto nos graves quanto nos médios e agudos, com  perfeito equilíbrio entre eles; clareza na reprodução dos instrumentos  musicais; inteligibilidade nos diálogos dos filmes e na música cantada;  capacidade de variar o volume da reprodução sem esforço, ou seja, sem  distorções; baixa fadiga auditiva, o que significa que você pode ficar  ouvindo durante horas sem cansar os ouvidos; graves profundos e  precisos, não abafados; perfeita localização dos sons musicais na área  frontal da sala; bom nível de difusão dos sons nos canais traseiros,  particularmente em filmes; impacto sonoro uniforme ao passar de sons  muito baixos para muito altos.
7 – VERIFIQUE AS ESPECIFICAÇÕES.
Em qualquer aparelho eletrônico, as especificações técnicas fornecidas  pelo fabricante são importantes. Elas podem dar uma boa idéia da  construção e do projeto, especialmente em caixas acústicas. Mas, mesmo  que os números impressionem, convém não lhes dar excessivo peso, pois  não é isso o que mais interessa no desempenho de uma caixa. A  especificação mais analisada geralmente é a resposta de freqüências, que  indica a faixa de áudio que a caixa é capaz de reproduzir. Só que o  fabricante deve especificar também o grau de distorção apresentado.  Exemplo: 45Hz-22kHz, +/-3dB. A leitura correta é de que o volume emitido  pela caixa caiu 3dB ao atingir as freqüências de 45Hz e de 22.000Hz; e  que entre esses dois extremos a resposta não variou mais do que 3dB. O  que é uma boa medição, sem dúvida. O ideal é o fabricante informar qual  foi exatamente a variação dentro daquela faixa (digamos, +/-1dB a  19kHz). Para o consumidor, o importante é saber em que a faixa a  reprodução se manteve uniforme (flat), significando que todas as  freqüências são reproduzidas da mesma forma, sem enfatizar esta ou  aquela.
8 – RESPEITE A IMPEDÂNCIA E A SENSIBILIDADE
Outra especificação que precisa ser checada é a impedância de entrada da  caixa acústica, que por sua vez deve combinar com a impedância de saída  do receiver ou do amplificador. Esta pode ser de 8, 6, ou 4 ohms (para  aparelhos usados em home theater). A impedância é a resistência do  alto-falante à passagem da corrente elétrica vinda do amplificador.  Quanto menor a impedância, mais corrente será transmitida à caixa. Um  falante de 4 ohms exige o dobro da corrente que um de 8 ohms; se o  amplificador puder fornecer isso, tudo bem. Mas certos receivers não  conseguem trabalhar em 4 ohms. Outro fator que deve ser casado entre  caixa e amplificador é a sensibilidade, medida em dB. Indica quanto de  som a caixa pode produzir a partir de um determinado sinal de entrada.  Sensibilidade alta significa que a caixa pode emitir altos volumes mesmo  com amplificador de baixa potência. Caixas de home theater em geral  possuem sensibilidade variando entre 87 e 93dB, mas é bom lembrar que a  cada 3dB a mais a potência requerida cai pela metade. Fazendo as contas:  se uma caixa de 87dB exige 100W para produzir determinado volume, outra  de 93dB exigirá apenas 25W.
9 – NUNCA COMPRE UMA CAIXA SEM OUVI-LA
Acima de qualquer especificação, o fator mais importante na escolha de  uma caixa acústica é a sua audição. Comprar uma caixa sem ouvi-la é mais  ou menos como escolher uma foto sem vê-la. Não há como substituir uma  boa comparação entre caixas, deixando que os ouvidos julguem, ainda que  não sejam ouvidos de especialista. Hoje, existem dezenas de boas lojas  com salas apropriadas para esse tipo de comparação. Procure visitá-las,  conversar com o vendedor (nas lojas especializadas, eles são mais bem  preparados para isso) e analisar diversos conjuntos. Peça apenas para  tomar o cuidado de manter sempre o mesmo sistema de amplificação e a  mesma fonte sonora (CD ou DVD player), de preferência repetindo também  os trechos de músicas e filmes. Ao final, certamente um dos conjuntos  irá agradar mais aos seus ouvidos.
Fonte: Planet Tech & Ideal Dicas   
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