AV Receiver
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AV Receiver


Depois do gramofone e do receptor de rádio AM a válvula, o grande destaque numa sala nos anos 50 e 60, era o conjunto de som conhecido como rádio vitrola. Era um gabinete móvel, que integrava, receptor de rádio AM (ondas longas, médias e curtas), toca-discos (vitrola), amplicador a válvula e alto-falantes, poderia ser mono ou estéreo. Nos anos 60, com preços mais acessíveis, o televisor veio a fazer companhia (hoje dominante) na mesma sala. De qualquer forma, eram bons tempos onde uma família, reunia para ouvir músicas ou assistir televisão. Hoje cada um com o seu aparelho preferido (DAP-Digital Audio Player, Video Game, Computador, Celular, TV/DVD Portátil, etc.), fica num canto. Será que a alta tecnologia veio para destruir o conceito de união familiar? Espero que não!

No final dos anos 60, surgiram os equipamentos em módulos separados, como toca-discos (pick-up/record player), gravador/reprodutor de fitas de áudio cassete/rolo, amplificador de potência, pré-amplificador, equalizador, sintonizador de rário AM/FM, etc. Um equipamento que fez sucesso, era o que integrava, sintonizador de rádio AM/FM, pré-amplificador e amplificador de potência, conhecido como Receiver (Receptor, por ter sintonizador de rádio). Devido a variedade selecionável de conectores de entrada e saída, tornou-se o nervo central de um bom conjunto de som.

Com a introdução do conceito de Home Theater e da digitalização do áudio e vídeo, o Receiver se tornou multicanal e houve necessidade em adicionar a conexão de vídeo e o processamento digital. Conhecido agora como AV Receiver (Audio-Video Receiver), continua sendo o equipamento central, com entrada selecionável para diversos componentes de áudio e vídeo. No Japão é conhecido como AV Amplifier, ou simplesmente AV Amp. Continua com os mesmos três módulos. Alguns modelos não possuem mais o sintonizador de rádio, enquanto outros adicionaram também as digitais. Amplificador de potência passou de estéreo (2 canais) para multicanal (5, 7, 9 ou mais canais).

A grande mudança ocorreu no pré-amplificador, pois além do áudio analógico tradicional, ele precisa processar o áudio digital, e também o vídeo (analógico e digital). Precisa descompactar os Codecs como Dolby, DTS e por isso incorporou o DSP (Digital Signal Processor), que também processa diversos emuladores de efeitos ou intensificações (enhancement) sonoros, tais como: efeito de uma sala de concerto; geração de efeito multicanal a partir de uma fonte em estéreo; geração de canais adicionais como HL e HR (Height Left/Right-Frontal Esquerdo e Direito Alto), que realça por exemplo, uma chuva caindo.


Características:

A seguir, algumas características obrigatórias ou opcionais de um AV Receiver.

Conectores: Quanto maior o número de conectores de entrada e saída é melhor, principalmente o de HDMI (desejável que a sua versão seja no mínimo de 1.3a).  Veja mais em Cabos para áudio e vídeo. Em alguns modelos não disponibilizam a entrada Phono (Phonograph), utilizada para conectar o antigo toca-discos com cápsula magnética (MM-Moving Magnet), neste caso há necessidade de um Phono Equalizer (Equalizador de curva RIAA), para poder conectar em qualquer entrada de áudio analógico. O toca-discos moderno, normalmente já vem com o equalizador. No caso da cápsula de cerâmica ou de cristal, não há necessidade do equalizador. Veja detalhe no Disco de vinil.

Conversor de vídeo: Considerando a qualidade de vídeo mais comum, em ordem decrescente, temos: HDMI, Video Componente, S-Video e Video Composto. Agora imagine, como exemplo, uma instalação em que um AV Receiver tem como saída de vídeo, um HDTV via HDMI; e como fontes de vídeo, um Blu-ray Disc Player em HDMI, DVD Player em Video Componente, Video Cassette em S-Video e um TV analógico em Video Composto. Neste caso, como a saída de vídeo é em HDMI, excetuando o BD Player, o AV Receiver necessita fazer a conversão de todos os outros vídeos para HDMI. Uma conversão pode ser para cima ou para baixo. Muitos fabricantes definem este tipo de conversão para cima do exemplo acima, como Upconverting ou até mesmo de Upscaling. Um Upscaling existe, se houve uma melhoria na resolução da imagem, como passar de 720x480 para 1920x1080; caso não exista, é uma conversão simples de vídeo. Veja mais em Upscaling e Upconverting.

Regulagem de som: Uma perfeita regulagem de som existe, se todos os canais conseguem enviar, uma mesma fonte sonora, na mesma intensidade e na mesma fase para o ponto onde se encontra o ouvinte. Como cada caixa acústica está numa distância diferente do ouvinte, é necessário regular canal por canal, por isso é quase impossível fazer uma boa regulagem sem o auxílio de ferramentas. Para facilitar, alguns modelos possuem regulagem automática de som (auto setup, tipo MCACC, AUDYSSEY 2EQ/MultiEQ, etc.). Através de um microfone colocado no ponto onde o ouvinte vai ficar, o AV Receiver emite diversos sons, capta, analisa e regula automaticamente, o volume e a fase de cada canal, e ainda considerando o nível de ruído existente no ambiente.

Outros: Alguns AV Receiver possuem conectores USB, Ethernet, Wi-Fi, etc.

Especificações:

A seguir, algumas especificações que ajudam na avaliação da qualidade de um AV Receiver.

Potência de saída: É dada em Watt por canal (Wpc). Avalie em potência contínua ou efetiva que é dada em RMS (Root Mean Square). PMPO (Peak Music Power Output), é a potência que o amplificador consegue dar por um curto período de tempo sem avaria. Cada fabricante define o seu padrão PMPO, e portanto, nem existente um fator de conversão para RMS. A potência também varia conforme a impedância da caixa acústica (4, 6, 8 Ohms). A nossa audição não responde linearmente com o aumento da potência, mas sim logaritmicamente (medido em dB-decibel), ou seja, para sentirmos o dobro de um volume, há necessidade em aumentar por 10 vezes, linearmente. Praticamente não se sente diferença na intensidade sonora gerada por um amplificador de 100W e outro de 120W.

THD (Total Harmonic Distortion): Distorção Harmônica Total que é definido como a relação entre a soma das potências de todos os componentes harmônicos e a potência da frequência fundamental. Dada em percentual e quanto menor é melhor.

S/N (Signal to Noise ratio): Relação Sinal/Ruído. Mede o tamanho do ruído gerado em relação ao sinal do som. É dado em dB (decibel), e quanto maior é melhor.

Resposta de Frequência: A nossa audição consegue perceber sons que encontram na faixa de frequência entre 20Hz a 20KHz. Hoje praticamente todos os AV Receivers tem resposta de frequência bem superior a esta faixa. A variação pode ocorrer para cima ou para baixo e é dada em dB. O ideal é que não haja variação, mas é aceita até ±3dB.

Conexão e Configuração:

Leia atentamente o manual! Para facilitar, identifique todos os fios e cabos nas duas extremidades. Desenhe o esquema de conexão de todos os componentes (qual equipamento está ligado em qual conector), que irá facilitar na hora de fazer a configuração; e também será de grande utilidade numa modificação futura.

30/março/2010 O AV Receiver da Denon AVC-4310, que em rede, conectado a PC, através de Windows Media Player, pode reproduzir áudios no formato MP3, WAV (LPCM), AAC (sem DRM), WMA e FLAC, e imagens JPEG. Agora é compatível com Windows 7, e através do recurso LLTD (Link Layer Topology Discovery) é reconhecido pelo PC e pode ser configurado através do Painel de Controle, e ser selecionado pelo Windows Media Player ver. 12. Não há necessidade em atualizar o firmware.

Veja também:
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